Estudo associa desmatamento na Amazônia à grandes montadoras de automóveis

18 de abril de 2021

Um estudo publicado pela Rainforest Foundation Norway destacou o impacto do consumo das principais montadoras de automóveis do mundo sobre o desmatamento na Amazônia. O Brasil é um dos maiores fornecedores globais do produto, responsável por 30% das compras de couro da indústria automobilística. No entanto, mesmo com tamanha exposição a eventuais crimes ambientais, o setor carece de ferramentas para monitorar suas cadeias de fornecimento e impedir a compra de couro de origem ilegal. “Se o consumidor quiser saber de onde vem o couro, ele vai esbarrar em muitas dificuldades”, explicou à Deutsche Welle Joana Faggin, principal autora do estudo. “Essa indústria tem uma cadeia de fornecedores complexa, é muito difícil seguir o caminho do produto depois do matadouro”.

A análise identificou os principais destinos da exportação do couro brasileiro para a indústria automobilística global, em particular para mercados na Ásia (China, Indonésia e Tailândia), na América do Norte (EUA e México) e na Europa (Itália, Alemanha e Eslovênia). A maior parte do couro exportado pelo Brasil vem de curtumes localizados na Amazônia Legal. Da mesma forma que acontece com a carne bovina, os criminosos aproveitam as brechas da lei e dos mecanismos de monitoramento existentes para inserir produto de origem ilegal em propriedades regulares, em um processo de “lavagem” do couro. Poder360 também abordou os resultados desse estudo.

Em tempo: O aplicativo Google Earth ganhou uma nova ferramenta que permite aos usuários acompanhar em poucos segundos o avanço da degradação ambiental na Terra nos últimos 40 anos. A função Timelapse foi desenvolvida a partir de dados das agências espaciais dos EUA e da União Europeia, em parceria com universidades norte-americanas. A partir de imagens 3D, pode-se testemunhar a intensificação do desmatamento na Amazônia, o degelo das calotas polares e a expansão desenfreada das cidades entre 1984 e 2020. Bloomberg, Época, Galileu, Reuters e UOL deram mais detalhes.

 

ClimaInfo, 19 de abril de 2021.

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