Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do WWF-Brasil estimou o custo adicional causado pelas queimadas na Amazônia sobre a rede pública de saúde nos últimos 10 anos. De acordo com o cálculo, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 1 bilhão com internações hospitalares por problemas respiratórios nos estados com maiores números de focos de calor entre 2010 e 2020 – Pará, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre. O levantamento apontou também que a associação da pandemia com as queimadas na Amazônia no último ano pode ter agravado a situação de saúde da população da Amazônia Legal, já que os poluentes oriundos dos incêndios florestais podem causar uma inflamação persistente no trato respiratório, deixando os pacientes mais vulneráveis à COVID-19.
O Amazonas foi o estado com as maiores taxas de internação associadas às altas concentrações de fumaça (87%), seguido por Pará (68%), Mato Grosso e Rondônia (70% em ambos). Os valores diários de poluentes na região são extremamente elevados e contribuíram para aumentar em até duas vezes o risco de hospitalização por doenças respiratórias atribuídas à concentração de partículas respiráveis e inaláveis finas (fumaça) nos estados analisados. Folha, G1 e UOL deram mais detalhes sobre o levantamento da Fiocruz e da WWF-Brasil.
ClimaInfo, 30 de abril de 2021.
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