Estudo aponta desigualdade de renda como fator importante para crescimento do comércio ilegal de espécies selvagens

espécies ameaçadas

Um estudo publicado na revista Science Advances fez uma associação entre o aumento na desigualdade de renda global com os fluxos de venda ilegal de animais silvestres em países em desenvolvimento. Entre 1998 e 2018, mais de 420 milhões de animais foram comercializados, com a maior parte saindo de nações pobres em direção ao mundo desenvolvido. Os maiores exportadores de vida selvagem são Indonésia, Jamaica e Honduras, com EUA, França e Itália como os maiores importadores.

Para conter o declínio de espécies naturais, os autores propuseram a criação de um fundo internacional que permita aos países fornecedores desses animais algum incentivo financeiro a ser oferecido à população, de maneira a desincentivar que essas pessoas adentrem na natureza e capturem animais para comercialização. Esse é um ponto importante, especialmente no contexto da pandemia. A hipótese mais provável para o surgimento da COVID-19 é a interação entre humanos e animais silvestres em mercados chineses. Com a degradação dos habitats naturais, causada pelo desmatamento e pela captura de animais silvestres, a possibilidade de novas doenças zoonóticas como a COVID pode ser cada vez maior.

A BBC deu mais detalhes sobre o estudo.

 

ClimaInfo, 6 de maio de 2021.

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