A batalha pelo futuro do leite

Leite

O Financial Times publicou um panorama sobre os esforços de startups e multinacionais para concorrer no mercado de bebidas à base de plantas, que começa a ganhar terreno nos EUA e nos países europeus. Essa disputa não é pouca coisa: hoje, esse mercado está estimado em cerca de US$ 17 bilhões e a expectativa é de que ele cresça de maneira consistente nos próximos anos, à medida em que os consumidores se conscientizam sobre os impactos da indústria de laticínios (e da pecuária em geral) sobre o clima global.

Obviamente, essa movimentação não escapa à atenção do setor laticínio. Na Europa, empresas de leite entraram na justiça para restringir o uso do termo “leite” na identificação desses produtos, o que levou a UE a restringir a aplicação do nome; lá, esses produtos são comercializados como “bebidas vegetais”, e não como leite. Mesmo entre os entusiastas dessa alternativa, o produto não é livre de preocupações: afinal, muitos deles usam soja como matéria-prima principal, cuja produção está entre os principais fatores por trás da intensificação do desmatamento na Amazônia, por exemplo. Isso impõe um desafio adicional às empresas que estão entrando nesse mercado: além de oferecer produtos de qualidade que atendam ao paladar dos clientes, elas também precisam garantir que eles atendam às preocupações ambientais deles.

 

ClimaInfo, 11 de maio de 2021.

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