Temperaturas mais altas afetam pacientes com esclerose múltipla

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Um estudo publicado na revista científica médica PLOS Medicine identificou uma relação entre temperaturas mais altas e a incidência de internações hospitalares de pacientes com esclerose múltipla nos EUA. Dados de 100 mil pacientes diagnosticados com a doença foram analisados por pesquisadores das Universidades de Stanford e Columbia e comparados com referências de temperatura local. A comparação mostrou que os períodos de tempo excepcionalmente quente – definidos como meses com temperaturas 1,5oC mais quentes do que a média histórica – foram associados a um risco aumentado de internação e visitas ao pronto-socorro por parte dessas pessoas. De acordo com a análise, as implicações dessa associação são sérias: os pacientes com esclerose múltipla não apenas são mais suscetíveis aos efeitos da mudança do clima, como também já estão sendo afetados pelo aumento das temperaturas.

O Grist destacou os principais dados do estudo e lembrou do caso de um paciente com esclerose múltipla que está movendo uma ação no Tribunal Europeu de Direitos Humanos contra o governo da Áustria. Segundo ele, o aumento da temperatura, causado pela intensificação da mudança do clima, está prejudicando gravemente sua qualidade de vida e representa um risco para o qual o poder público austríaco não oferece resposta. A ação está sendo custeada pelo grupo ativista Fridays for Future.

 

ClimaInfo, 11 de maio de 2021.

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