Desmatamento na Amazônia bateu recorde em abril, diz Imazon

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A Amazônia perdeu 778 km2 de área florestal em abril passado, o maior índice da série histórica para o mês dos últimos 10 anos, de acordo com dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) do Imazon. Esse número representa um aumento de 45% na comparação com abril de 2020 (quando 536 km2 foram desmatados). Os números do SAD estão na mesma linha dos apontados pelo sistema DETER, do INPE, que também registrou no mês passado o abril mais devastador da série histórica.

O Amazonas foi o estado que registrou a maior área desmatada em abril (28% do total), seguido pelo Pará (26%), Mato Grosso (22%) e Rondônia (16%). Apenas dois municípios amazonenses, Lábrea e Apuí, acumularam juntos (126 km2) quase 60% de todo o desmatamento do estado detectado no mês passado. Segundo o SAD, 68% do desmatamento registrado em abril ocorreu em áreas privadas ou sob estágios de posse, e o restante aconteceu em assentamentos (19%), Unidades de Conservação (11%) e Terras Indígenas (2%).

Os dados do Imazon foram abordados por G1 e UOL e por Ana Carolina Diniz no blog de Míriam Leitão no Globo.

Em tempo: O banco suíço UBS voltou a operar no Brasil no final do ano passado, de olho na expansão do agronegócio, vitaminado com o aumento da demanda por commodities pós-pandemia. No entanto, o retorno da instituição ao financiamento de atividades agrícolas no país coloca em xeque o compromisso da UBS em “estar na vanguarda da sustentabilidade”: isso porque o banco seguiria exposto ao risco de financiar atividades que resultem no aumento da devastação florestal no Brasil. O Eco expôs alguns dos desafios da UBS nesse esforço e como esses negócios podem, no final das contas, contribuir para intensificar as ilegalidades ambientais na Amazônia e no Cerrado.

 

ClimaInfo, 18 de maio de 2021.

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