Um mês após ser convidado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para participar de um programa para aceleração da ação contra a mudança do clima, o governo brasileiro ainda não sinalizou se pretende ou não aderir ao projeto. O Programa Internacional de Ação sobre o Clima (IPAC) será formalmente lançado no começo de junho, na próxima conferência ministerial da OCDE. A ideia é que a iniciativa facilite o desenvolvimento de metas e ações mais ambiciosas para redução das emissões de carbono por parte dos países-membros e dos candidatos à entidade, como é o caso do Brasil. Segundo o Valor, o Palácio do Planalto ainda examina a possibilidade de participar do projeto.
Enquanto o Brasil se finge de morto nas discussões sobre clima dentro da OCDE, o vice-presidente Mourão deixou explícita sua frustração com a piora da imagem internacional do país. O (ainda) chefe do Conselho da Amazônia disse que o Brasil “não suporta mais ser enxovalhado e rotulado de vilão ambiental” por causa dos “erros cometidos no passado na ocupação da Amazônia”. Eis nossa recomendação ao general vice-presidente para aplacar a frustração com as críticas externas: acabe com o desmatamento e com o desmantelamento da política ambiental no Brasil. O G1 repercutiu o “mimimi” vice-presidencial.
Em tempo: O ministro Ricardo Salles nomeou Dallys Henrique de Andrade Lima para a superintendência do Ibama na Paraíba. Como O Eco destacou, Dallys é “figurinha carimbada” entre parlamentares dos partidos do Centrão no Congresso Nacional. Além de ter servido como assessor de políticos paraibanos, mais recentemente ele ocupou um cargo comissionado no ministério da agricultura, por apenas quatro meses. A experiência dele com meio ambiente: zero, como em praticamente todas as nomeações feitas por Salles.
ClimaInfo, 19 de maio de 2021.
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