Com a expectativa de enfrentar mais uma temporada intensa de furacões e tempestades tropicais no Atlântico, o governo de Joe Biden anunciou que pretende dobrar o orçamento dedicado para prevenção de desastres naturais nos EUA. A Casa Branca pretende gastar mais de US$ 1 bilhão, alinhando esse esforço com a agenda climática adotada pelo presidente norte-americano nos últimos meses. Segundo Biden, os recursos priorizarão ações de preparação de comunidades vulneráveis a eventos climáticos extremos, como furacões, enchentes e incêndios florestais.
Mesmo assim, especialistas alertaram que o montante reservado por Biden é insuficiente para lidar com todos os impactos potenciais dos desastres climáticos que poderão afligir os EUA neste ano. Estima-se que o país teve em 2020 um prejuízo médio de US$ 1 bilhão em danos por desastre – no ano passado, foram registrados 22 episódios críticos nesse sentido. Entre os casos mais destrutivos, estão os incêndios florestais massivos na costa oeste e os furacões Laura, Sally e Eta. Associated Press, NY Times, Reuters e Washington Post repercutiram o anúncio de Biden.
Em tempo: A situação na costa oeste dos EUA volta a causar preocupação. Segundo a Associated Press, especialistas temem que o solo mais seco, resultado de mais um inverno com temperaturas acima do normal e poucas chuvas, sirva de combustível para novos incêndios com a chegada do verão no hemisfério norte, no mês que vem. Além dos incêndios, a seca também pode causar disrupção no fornecimento de água nos estados ocidentais dos EUA, desde a Dakota do Norte até o Novo México. Os jornais Los Angeles Times e NY Times apontaram os riscos crescentes de mais uma crise hídrica na região, dessa vez mais abrangente. Já o Wall Street Journal destacou o impacto da seca na produção agrícola da Califórnia.
ClimaInfo, 25 de maio de 2021.
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