Incêndios “zumbis” podem se tornar mais comuns por conta do aquecimento, alertam cientistas

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O aquecimento acentuado na região do Ártico está fazendo com que nem mesmo o inverno seja capaz de apagar os incêndios que consomem as florestas boreais durante a temporada mais quente do ano. No ano passado, essa constatação deu origem aos chamados “incêndios zumbis” – que persistem por longos períodos de tempo, mesmo com o frio e a neve, e que “revivem” quando as temperaturas voltam a aumentar a partir da primavera no hemisfério norte.

Um novo estudo conduzido por pesquisadores dos Países Baixos e dos EUA analisou o alcance desses “incêndios zumbis” nas florestas boreais. Entre 2002 e 2018, eles foram responsáveis por apenas 0,8% do total de área queimada, mas isso variou dramaticamente dependendo do calor dos verões; em alguns anos, esse percentual chegou a atingir 38% da floresta queimada. À medida que o tempo fica mais quente, os invernos podem registrar a ocorrência de mais incêndios florestais, deixando mais folhas e madeira seca para serem consumidas de maneira mais voraz pelos incêndios de verão.

O estudo foi publicado pela revista Nature, com destaques na BBC, CNN, Guardian, NY Times e Reuters.

 

ClimaInfo, 25 de maio de 2021.

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