O Guardian destacou a frustração de empresas varejistas e grupos industriais do Reino Unido com a possibilidade do Brasil avançar com propostas de lei que enfraquecem a proteção ambiental na Amazônia. Na mira dessas empresas, estão a flexibilização do licenciamento ambiental, aprovada pela Câmara e em tramitação agora no Senado, e a expansão da regularização fundiária, que pode ser votada nas próximas semanas pelos deputados.
Segundo o grupo, se o Brasil aprovar o que chamam de “pacote de destruição” ambiental no Congresso, essas empresas prometem deixar de comprar soja brasileira. “Se isso for aprovado, as empresas estarão olhando para as cadeias de suprimento e verão se há outras maneiras de obter commodities de forma mais responsável, tanto de fontes alternativas de soja como de alternativas à soja”, disse Peter Andrews, chefe de sustentabilidade do British Retail Consortium.
Por outro lado, o Guardian também destacou a movimentação da indústria alimentícia britânica contra a proposta de lei que pretende impor exigências de sustentabilidade à cadeia de suprimentos para coibir o desmatamento de florestas tropicais. A Cargill, gigante norte-americana com grandes operações no Brasil, disse às autoridades britânicas que a nova lei pode criar obstáculos legais e custos financeiros adicionais para seus negócios sem ter efeitos evidentes em termos de proteção ambiental nos países produtores de commodities. Outras empresas questionam também a possibilidade de multas e punições administrativas.
ClimaInfo, 26 de maio de 2021.
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