Reino Unido segue exemplo europeu e esboça uma taxa do carbono sobre importações

Reino Unido taxa de carbono

Com a Conferência do Clima de Glasgow se aproximando, os britânicos estão elevando as barras das ações climáticas. Por terem se separado da União Europeia, criaram um mercado interno de carbono à imagem do Europeu, mas aumentando as ambições. Assim, logo na primeira semana de funcionamento, o preço do carbono, ou, a rigor, o preço da permissão de emissão ultrapassou o preço negociado na UE. E, segundo a Bloomberg, estão estudando implantar uma tarifa de importação associada à pegada de carbono. O argumento é o mesmo dos europeus e o mesmo sendo estudado pelo governo Biden: proteger a competitividade da produção local de importações cujos preços não incluem taxas de carbono. Segundo a Reuters, a nova tarifa de importação provavelmente será aplicada ao aço e alumínio, podendo ser estendida para produtos agrícolas.

O peso do setor financeiro no enfrentamento ao aquecimento global esteve na pauta das preparações para a reunião do G7 que acontece nos próximos dias 11 a 13. O Ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, quer mais rigor na aplicação das recomendações do TFCD (sigla da força tarefa para divulgações financeiras relacionadas ao clima) por meio das quais as instituições avaliam e comunicam os riscos climáticos a suas operações, assim como as oportunidades associadas a transição energética. A Bloomberg e a Reuters deram matérias a respeito.

Em tempo: A ministra francesa da Transição Ecológica, Barbara Pompili, quer ver mais opções vegetarianas nas escolas e deixar de oferecer carne nos cardápios pelo uma vez por semana. Ela cita, sem nomear, o Brasil: “[Cerca de] 15% das emissões globais e 91% do desmatamento na Floresta Amazônica estão ligados à pecuária”, disse, “portanto, desenvolver uma oferta vegetariana significa agir em prol do clima, contra o desmatamento”. Ao The Guardian, Pompili lembrou que a importante transição alimentar também tem que ser justa, não deixando para trás os atuais produtores de proteína animal franceses – queijos, inclusive.

 

ClimaInfo, 2 de junho de 2021.

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