A China quer aumentar a produção interna e sustentável de soja

15 de junho de 2021

A China, hoje, compra ⅔ de toda soja comercializada no mercado internacional posto que sua produção interna supre pouco mais de 10% da sua demanda, que vem da produção de ração animal – principalmente aves e suínos. Mas a alegria dos exportadores de soja pode acabar: pesquisadores descobriram como a China, mantendo a mesma área plantada, pode aumentar sua produção interna em 40%, ao mesmo tempo que reduz em quase 20% as emissões associadas. Eles examinaram o estado atual da produtividade da soja e do milho em mais de 1.800 municípios chineses e viram que, aplicando técnicas de sistemas integrados solo-lavoura (integrated soil–crop system management), o país poderia aumentar a produtividade das duas lavouras. O milho poderia ser produzido em uma área menor do que ocupa hoje, liberando área para plantar mais soja. No balanço final em 2035, haveria milho suficiente para atender toda a demanda e suprir 45% da demanda de soja. As técnicas reduzem a necessidade de fertilizantes nitrogenados e, portanto, acabam emitindo 20% menos gases de efeito estufa do que as lavouras atuais. Essa conta não inclui as emissões do desmatamento do Cerrado brasileiro, nem do transporte dos grãos daqui. A Carbon Brief comentou o trabalho, que foi publicado na Nature Food.

 

ClimaInfo, 16 de junho de 2021.

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