Volvo quer aço livre de fósseis em seus carros

A montadora sueca Volvo anunciou nesta semana que pretende, a partir de 2026, utilizar apenas aço produzido sem a queima de combustível fóssil na fabricação de seus automóveis. O ponto de partida para o compromisso foi um acordo firmado com a siderúrgica SSAB para o desenvolvimento e a comercialização de uma tecnologia que substituirá o coque de carvão por hidrogênio no processo de produção do aço.

O setor siderúrgico é um dos mais intensos emissores de gases de efeito estufa da indústria global; nesse sentido, ele também é um dos mais desafiadores para uma transição energética para fontes renováveis.

De acordo com a Volvo, as emissões associadas ao aço são responsáveis por 35% da pegada de carbono de seus veículos; nos modelos elétricos, essa proporção é menor, 20%. A expectativa é de que a substituição do coque de carvão por hidrogênio verde (produzido a partir de fontes renováveis) permita a redução das emissões da produção siderúrgica em pelo menos 90%. Bloomberg e Guardian deram mais detalhes sobre o projeto.

Enquanto isso, a norte-americana GM está aumentando os investimentos no desenvolvimento de modelos elétricos. A montadora confirmou que investirá US$ 35 bilhões na produção de mais de 30 linhas de veículos plug-in até 2025, além da instalação de quatro fábricas de baterias elétricas. O valor é 30% superior ao anunciado pela empresa em novembro passado, quando apresentou sua nova estratégia para o mercado de carros elétricos.

Os recursos extras foram vistos por investidores como uma resposta da GM à rival nacional Ford, que também anunciou novos projetos para veículos elétricos, e à Volkswagen, que desponta como a principal candidata dentre as montadoras tradicionais a rivalizar pela liderança do mercado global, hoje ocupado pela Tesla. Bloomberg, NY Times, Reuters e Wall Street Journal repercutiram essa notícia.

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ClimaInfo, 17 de junho de 2021.