“É insuportável”, diz a Reuters sobre a onda de calor intensa que atingiu boa parte da porção ocidental dos EUA nos últimos dias. O noroeste do país registrou temperaturas na casa dos 40°C neste final de semana, com picos de 42°C.
O NY Times mostrou como o calor intenso mudou a percepção dos habitantes de Seattle sobre o uso de aparelhos de ar condicionado: seja por razões ambientais ou de saúde pessoal, muitos viravam a cara para o aparelho; agora, com os termômetros explodindo, a cidade assiste a uma corrida para compra e instalação dos equipamentos.
Para os norte-americanos, o forte calor tem sido um obstáculo incômodo para a normalização da vida pós-pandemia: tal como nos últimos 16 meses, as residências e espaços fechados (e com ar condicionado) têm servido como refúgio contra o sol inclemente. ABC News, Associated Press, Axios, Bloomberg, NPR, Reuters e Vox também abordaram esse tema.
O calor deve seguir forte ao longo desta semana. Os termômetros devem superar a marca dos 40°C em diversos pontos no sudoeste dos EUA, em especial na Califórnia, em Nevada, Arizona e Utah. No Vale da Morte, na fronteira entre Califórnia e Nevada, a temperatura pode chegar a 51°C nesta 5ª feira (1º/7). Ao norte, o Canadá também deve enfrentar dias de calor intenso nesta semana, com os termômetros chegando aos 39°C na região de Vancouver. Financial Times e Global News destacaram o prognóstico.
Em tempo: O colapso de um prédio residencial em Miami Beach na última 6ª feira (25/6), o qual resultou na morte de ao menos nove pessoas até o momento, levantou preocupações sobre o impacto do avanço do mar nas estruturas construídas na região costeira. A Flórida é um dos estados norte-americanos mais vulneráveis aos efeitos da mudança do clima, em especial a intensificação de tempestades tropicais e a elevação do nível do mar. O Washington Post mostrou que análises preliminares da estrutura apontam para um afundamento do edifício desde os anos 1990, expondo as bases dele à infiltração da água do mar. Ao mesmo tempo, a região de Miami Beach tem sofrido nos últimos anos com a intensificação das “King Tides”, ondas excepcionalmente altas que atingem a costa com mais frequência e força, ameaçando as construções litorâneas. HuffPost e Slate também destacaram essa preocupação.
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ClimaInfo, 28 de junho de 2021.
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