A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a apreensão do passaporte do ex-ministro Ricardo Salles, atendendo a pedido feito por parlamentares da oposição preocupados com sua possível fuga para o exterior.
Salles entregou o passaporte diplomático que possuía na condição de ministro ao STF e informou que o documento pessoal está vencido, o que o impede de deixar o país. A Polícia Federal (PF) também informou que incluiu o nome do ex-ministro na lista de pessoas com restrição de saída do país. Correio Braziliense, G1 e Veja deram mais informações.
No Estadão, Vera Rosa e Andreza Matais revelaram que o pedido de demissão feito por Salles na última 4a feira (23/6) aconteceu porque o então ministro foi informado da possibilidade do STF determinar sua prisão sob acusação de utilização do cargo para obstruir as investigações contra ele. Segundo a reportagem, Bolsonaro chegou a pedir a permanência de Salles, que “ele ficasse e enfrentasse o Supremo”, mas Salles entendeu que uma eventual prisão poderia trazer complicações judiciais para a mãe dele, também investigada.
Enquanto isso, a Justiça de São Paulo determinou o detalhamento das operações financeiras conduzidas pelo escritório de advocacia da família de Salles junto a um banco. A ação foi feita no âmbito da investigação do Ministério Público paulista sobre suspeitas de enriquecimento ilícito de Salles durante sua passagem pelo governo do estado na gestão de Geraldo Alckmin. As movimentações do escritório também foram apontadas pela PF como um indício do envolvimento de Salles no esquema de contrabando de madeira de origem ilegal na Amazônia, desbaratado na Operação Akuanduba. A Folha deu mais detalhes.
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ClimaInfo, 28 de junho de 2021.
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