Calor mortal no horizonte

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A onda de calor fez da pequena cidade canadense de Lytton o lugar mais quente na Terra no final de junho e fez disparar notícias sobre outras ondas mundo afora. No Financial Times, Friederike Otto diz por que as ondas de calor são o assassino silencioso da mudança climática, mais ameaçadoras até que inundações e secas. Ele argumenta que, enquanto as ondas de frio estão diminuindo em intensidade e frequência, o oposto acontece com as de calor com um sinal claro do aquecimento global de que a tendência é piorar ainda mais. A Nova Zelândia viu passar o mês de junho mais quente da sua história. O The Guardian e a AP comentaram. No Paquistão, onde temperaturas altas são comuns, um médico conta que “quando a temperatura passa de 44oC, parece que você morrerá”. Ele conta que, pertencendo a uma classe privilegiada, os efeitos do calor são toleráveis. Mas para a maioria da população, não.

Em tempo: Tim Radford, no Climate Change News, escreveu sobre o derretimento das geleiras nas montanhas altas de regiões tropicais. Em breve, as neves do Kilimanjaro, na fronteira entre o Quênia e a Tanzânia só poderão ser vistas no filme de mesmo nome. Porque a quantidade de neve atualmente é 86% menor do que há 40 anos. Nos Andes peruanos, a perda varia entre 17% e 46%. O lado indonésio de Papua, Pirâmide Carstensz ou Puncak Jaya, perdeu quase toda a geleira. Esses são alguns dos casos relatados em um trabalho publicado no Global and Planetary Change.

 

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ClimaInfo, 6 de julho de 2021.

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