Entre 70% e 80% das emissões de gases de efeito estufa e outros poluentes atmosféricos oriundas da queima de combustíveis fósseis e do tratamento de resíduos e efluentes, vem de áreas urbanas. Estas correspondem a menos de 1% da área dos continentes e onde vivem mais da metade da população do planeta.
Um trabalho publicado na Environmental Research Letters mostra que, entre 1970 e 2015, as emissões urbanas chinesas cresceram 520% e as emissões per capita do país quase quadruplicaram. A queima de fósseis é a principal fonte, e o trabalho nota uma mudança no perfil das emissões: enquanto elas seguem aumentando nos países em desenvolvimento, há uma tendência de queda nos países ricos, principalmente na Europa. O que sugere que esforços concentrados em áreas urbanas por meio de controles mais rígidos na emissão de poluentes e eletrificação de equipamentos, são fundamentais para a redução de emissão dos países em desenvolvimento.
A pesquisa também olhou para as grandes metrópoles, aquelas com mais de 10 milhões de habitantes. Em 1970, as 11 cidades analisadas responderam por 2,2% das emissões de dióxido de carbono e 1,8% do PM2.5, os pequenos materiais particulados. Em 2015, as 32 megacidades responderam por 12% das emissões de CO2 e 4,6% de PM2.5.
Finalmente, o trabalho confirma que, nos países ricos, o crescimento econômico se desacoplou da emissão de poluentes, o que não acontece na Ásia nem na América Latina.
O texto do trabalho é aberto e um resumo pode ser lido na Science Daily.
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ClimaInfo, 8 de julho de 2021.
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