Meginvestidores cobram ação de bancos para proteção ambiental e redução de emissões

Bancos proteção ambiental

Os bancos precisam levar em consideração o quanto antes o meio ambiente e o clima em seus negócios. Essa é a demanda de um grupo de investidores internacionais, com ativos que somam mais de US$ 4 trilhões, apresentada nesta 3ª feira (6/7) a alguns dos maiores bancos de investimentos do mundo, como JPMorgan Chase, HSBC e Standard Chartered.

Os investidores pediram às instituições financeiras que se comprometam a eliminar o financiamento a projetos de carvão até 2030 nos países da OCDE e até 2040 para o resto do mundo. Além disso, o grupo cobrou ações para gestão de risco para setores econômicos com alto impacto socioambiental, de maneira a resguardar os investidores de eventuais problemas associados ao clima, à biodiversidade e aos Direitos Humanos.

O documento pede também que os bancos assumam compromissos de curto prazo para o clima e a biodiversidade e considerem o risco climático em seus demonstrativos financeiros em todas as categorias de risco.

Para eles, o setor financeiro precisa responder às preocupações socioambientais crescentes dos investidores e clientes, sob o risco de “rebeliões” semelhantes às que surpreenderam a ExxonMobil e outras petroleiras nos últimos meses. Os 63 bancos que receberam a comunicação terão até o dia 15 de agosto para responder.

Bloomberg, Financial Times e Reuters deram mais detalhes. No Brasil, a notícia foi destacada por Ana Carolina Amaral na Folha.

Em tempo: O Bradesco assumiu um compromisso nesta semana de descarbonização de sua carteira de crédito e investimento até 2050, em linha com as metas climáticas do Acordo de Paris. O banco brasileiro anunciou também que está aderindo à Net-Zero Banking Alliance, uma iniciativa da ONU para engajar o setor financeiro com a agenda de ação climática. A notícia é da Reuters.

 

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ClimaInfo, 8 de julho de 2021.

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