A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, apresentou na última 3ª feira (6/7) uma nova padronização de títulos verdes que tem o objetivo de direcionar recursos para projetos que ajudarão o bloco a cumprir sua meta de neutralidade das emissões líquidas de carbono até 2050.
Como destacou a Reuters, a estrutura voluntária visa formar um “padrão-ouro” para empresas e governos que buscam arrecadar dinheiro para projetos e programas ecológicos no âmbito do plano de retomada econômica verde da UE. Além disso, as novas regras também pretendem dificultar o greenwashing, com critérios mais rigorosos para classificação de determinado investimento como “verde”.
A ideia da UE é impulsionar esse tipo de ativo no mercado financeiro europeu. Nos últimos cinco anos, a emissão de títulos verdes na Europa aumentou cinco vezes; no ano passado, os títulos europeus representaram quase metade da soma global. Por outro lado, representam apenas 2,6% da emissão de títulos da UE. Além de ser voluntário e aberto a todas as empresas, a nova padronização exigirá que os emissores aloquem 100% dos recursos arrecadados à atividades alinhadas à taxonomia de investimentos verdes da UE até o vencimento do título, com duração de até 10 anos.
Os títulos também serão submetidos à análise externa, com supervisão da Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados. A Bloomberg também repercutiu essa notícia.
Ainda sobre a UE, o bloco estima que a aplicação de um mecanismo de ajuste de carbono de fronteira sobre as importações poderá arrecadar quase 10 bilhões de euros por ano. Essa taxa sobre produtos importados atrelada à pegada de carbono é tida como pedra angular dos esforços da UE para impulsionar a ação climática e proteger a indústria europeia de concorrentes estrangeiros que não estão sujeitos às rígidas metas climáticas do bloco. Financial Times e Valor deram mais detalhes.
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ClimaInfo, 8 de julho de 2021.
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