A conta da crise climática: seguradoras são confrontadas pela intensificação de eventos (e prejuízos) extremos

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A multiplicação de desastres causados por eventos climáticos extremos está causando um problema sério para a indústria de seguros: com prejuízos humanos e materiais cada vez mais numerosos, o valor das indenizações está cada vez mais salgado. Estimativas da seguradora britânica Aon, citadas pelo Guardian, indicam que as empresas do setor terão que pagar cerca de US$ 42 bilhões de volta aos seus clientes para cobrir os danos causados por desastres naturais no último semestre nos EUA. O aumento nas perdas seguradas foi puxado por eventos extremos como o frio extremo que atingiu boa parte do Texas em fevereiro e os primeiros efeitos da onda de calor que atinge o oeste dos EUA desde junho.

E por falar em calor no oeste norte-americano, muitos produtores de vinho do Vale do Napa, na Califórnia, estão preocupados com os efeitos das temperaturas altas, do ar seco e dos incêndios florestais sobre a indústria vinícola. A situação é tão dramática que alguns proprietários estão sendo rejeitados pelas seguradoras. O motivo? Com o calor e o fogo cada vez mais frequentes, o risco de prejuízo é muito alto. O NY Times deu mais detalhes.

Já a Reuters destacou cálculos da associação da indústria de seguros GDV na Alemanha sobre os impactos das enchentes no oeste do país na última semana: segundo a conta, as perdas seguradas podem totalizar até 5 bilhões de euros apenas nos estados da Renânia do Norte-Vestfália e Renânia-Palatinado, sem incluir os danos registrados na Bavária e na Saxônia, também afetados pelas chuvas. Mais grave, no entanto, são os prejuízos não segurados, que podem se multiplicar nos próximos anos caso as seguradoras recorram a critérios mais exigentes relativos aos riscos de dano. Na Deutsche Welle, Kristie Pladson abordou a sinuca-de-bico que a crise climática está causando (e pode causar) para clientes e seguradoras.

 

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ClimaInfo, 22 de julho de 2021.

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