EUA elevam previsão de tempestades e furacões em 2021

EUA temporada de furacões

A temporada de furacões no Atlântico deve superar a média histórica de formações anuais de tempestades em 2021, de acordo com projeções revisadas pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA nesta semana.

A previsão é de que o número de tempestades nomeadas neste ano fique entre 15 e 21, sendo que de 7 a 10 delas podem se tornar furacões – dos quais até cinco podem se tornar grandes furacões (categorias 3, 4 ou 5). Até agora, cinco tempestades nomeadas já se formaram no Atlântico, incluindo o furacão Elsa, que atingiu o Caribe e a Flórida em maio passado.

De acordo com os meteorologistas norte-americanos, a probabilidade de uma temporada mais ativa, acima do normal, é de 65%; há 25% de chance de uma estação próxima dos números históricos, e apenas 10% de uma temporada abaixo do normal. “Uma mistura de condições oceânicas e atmosféricas concorrentes geralmente favorecem a atividade acima da média para o restante da temporada, incluindo o retorno potencial do La Niña nos próximos meses”, explicou Matthey Rosencrans, responsável pelo centro de previsão do Clima da NOAA.

No ano passado, o Atlântico registrou a temporada de furacões mais intensa da história recente: a região registrou 30 tempestades tropicais nomeadas, incluindo 6 grandes furacões e 13 menores. Pela 2ª vez na história, o alfabeto grego teve que ser usado para a nomeação das tempestades, com o esgotamento do alfabeto latino.

Bloomberg, NY Times e Reuters repercutiram as projeções da NOAA. Já a Associated Press contextualizou a informação dentro do quadro climático deste verão no hemisfério norte, caracterizado pelo acontecimento quase simultâneo de eventos extremos em diversos locais do planeta nas últimas semanas.

Em tempo: A região do Mediterrâneo se tornou um hotspot de incêndios florestais, alertou o serviço de monitoramento meteorológico Copernicus, da União Europeia. Apenas na última semana, o fogo causou destruição na Turquia, Grécia e Itália. “Com o sudeste da Europa atualmente enfrentando condições de ondas de calor, o perigo de incêndio permanece alto na área, especialmente em grande parte da Turquia e ao redor do Mediterrâneo”, observou a agência. Os meteorologistas europeus também ressaltaram o risco à saúde pública pela poluição liberada na queima da vegetação. “A fumaça que [os incêndios] emitem pode ter impactos na qualidade do ar local e na direção do vento”. A Reuters deu mais detalhes.

 

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ClimaInfo, 5 de agosto de 2021.

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