Renováveis se destacando nos EUA, e adeus ao carvão no Reino Unido

EUA renováveis

No ano passado, pela primeira vez nos registros, a geração elétrica à base de renováveis passou a ocupar o 2º lugar na matriz, com 21%, atrás apenas das térmicas a gás (40%). Ficaram para trás a nuclear (20%) e as térmicas a carvão (19%). Este último caiu 20% em relação a 2019, enquanto as renováveis cresceram quase 10%. Os dados são da EIA (sigla em inglês para a Administração de Informações Energéticas). É preciso se levar em conta que os preços de petróleo e gás sofreram forte queda no ano passado e isso deve ter ajudado a deslocar o carvão. A EIA prevê que o carvão volte a crescer este ano em função da alta do preço do gás, pelo menos neste primeiro semestre.

Dan Gearino, no Inside Climate News, destrinchou esses números e olhou como estão as renováveis em cada estado norte-americano. O Texas e a Califórnia lideram o crescimento. O primeiro, pela área disponível e pelos bons ventos, é o maior gerador eólico do país. O segundo, pela famosa insolação, mas também pelo tamanho, lidera a geração fotovoltaica. Até aí, não houve surpresa. Em terceiro, vem o bloco de estados no centro-norte junto com Oklahoma (logo ao norte do Texas), onde os ventos também são muito bons. A matéria destaca que muito do crescimento aconteceu em estados governados pelos Republicanos e que há uma dupla transição se acelerando: a das fontes renováveis e a da cabeça daqueles que, até ontem, se agarravam ao carvão e outros fósseis.

O fim do carvão se aproxima no Reino Unido. A Uniper anunciou que fechará a última térmica a carvão no país em setembro de 2024, antes do prazo definido pelo governo. A empresa se comprometeu a apoiar a recolocação e a recapacitação dos seus empregados. A notícia saiu no Edie.

 

Leia mais sobre EUA renováveis e fontes renováveis no ClimaInfo aqui.

 

ClimaInfo, 9 de agosto de 2021.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.