A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos EUA confirmou na semana passada que o mês de julho de 2021 foi o mais quente já registrado em todo o mundo em mais de 140 anos. A temperatura média global registrada no mês passado foi 0,93oC acima da média do século XX (15,8°C), valor 0,01°C acima do recorde anterior (registrado nos meses de julho de 2016, 2019 e 2020).
“Julho é tipicamente o mês mais quente do ano no mundo, mas julho de 2021 se superou como o julho e o mês mais quente já registrado”, afirmou Rick Spinrad, administrador da NOAA. “Este novo recorde é mais uma prova do caminho perturbador de aquecimento que se estabeleceu na Terra”.
No hemisfério norte, onde se vive um dos verões mais quentes da história, os termômetros ficaram em média 1,54°C acima dos padrões registrados no século passado. Na Ásia, foi o julho mais quente até agora; já na Europa, o mês passado foi o 2º mais quente, empatando com julho de 2010 e atrás apenas de julho de 2018; e na América do Norte, julho passado ficou entre os dez mais quentes. Os dados reforçam a possibilidade de fecharmos 2021 como o ano mais quente desde o começo dos registros históricos, em meados do século XIX.
No Brasil, a MetSul destacou dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) mostrando que, em diversas partes do país, especialmente nos Sul e Sudeste, as temperaturas ficaram abaixo da média histórica. Por outro lado, o Centro-Oeste e o Norte tiveram temperaturas muito acima da média, especialmente nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Amazonas e Pará. A área fechou o mês com desvios de até 4oC acima da normal climatológica. No Nordeste, a temperatura em muitos locais também ficou acima da média histórica.
Deutsche Welle, G1 e O Globo destacaram essa notícia no Brasil, que também teve repercussão no exterior em veículos como Associated Press, BBC, Guardian e Washington Post, entre outros.
ClimaInfo, 16 de agosto de 2021.
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