O braço latino-americano da Climate Action Network (CAN-LA), que reúne centenas de organizações da sociedade civil de países da América Latina e do Caribe, cobrou nesta 2ª feira (23/8) os organizadores da próxima Conferência da ONU sobre o Clima (COP26) condições igualitárias e justas para participação no encontro programado para acontecer em novembro na cidade escocesa de Glasgow.
A principal preocupação está nos custos atrelados a uma eventual quarentena obrigatória para viajantes vindos de países na “lista vermelha” sanitária do Reino Unido. Quase todos os países da região figuram nessa relação, o que obrigaria os participantes dessas nações a passar por uma quarentena de cinco dias em um hotel especial, sob o custo de cerca de duas mil libras esterlinas (cerca de R$ 14 mil na cotação mais recente). A quarentena será obrigatória mesmo para aqueles totalmente vacinados contra COVID-19 e com teste negativo antes da chegada ao Reino Unido. “As restrições de quarentena estabelecidas para os países da lista vermelha impõem barreiras incomuns e intransponíveis à maioria das organizações não governamentais que são observadoras da UNFCCC na América Latina e no Caribe. Os custos adicionais da quarentena impostos às nossas organizações são um encargo financeiro desproporcional com o qual não podemos lidar”, disse a CAN-LA. Caso o governo britânico e a ONU não consigam garantir condições básicas para a participação de representantes de nações na “lista vermelha” da COVID-19, a CAN-LA recomendou o adiamento da COP26, tal como feito recentemente pela Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica com a sua COP15 na China.
ClimaInfo, 24 de agosto de 2021.
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