Quem vive em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro pode achar que estamos agora em qualquer estação do ano, menos no inverno. Os termômetros superaram a marca dos 35°C ao longo da semana no Sudeste, criando um clima de verão em pleno mês de agosto. Só não é um verão completo por conta da baixa umidade: a estiagem que atinge a maior parte do Brasil deixou o tempo ainda mais seco do que o normal. A situação só deve mudar a partir deste final de semana, com a chegada de uma nova frente fria. O Globo fez um balanço desse “miniverão”.
De acordo com a Folha, o índice de umidade em todo o estado de São Paulo atingiu níveis dignos de deserto nos últimos dias, com calor intenso e ar seco. Como resultado, a cidade de São Paulo registrou na 2ª feira (23/8) o nível péssimo de qualidade do ar pela primeira vez desde 1996. Segundo o Estadão, a piora na qualidade do ar na região também está relacionada ao incêndio que destruiu o Parque Estadual do Juquery e espalhou cinzas em diversas cidades da região.
Sobre o incêndio no Juquery, Rafael Garcia observou n’O Globo que a área de Cerrado em São Paulo registra em 2021 o maior número de focos de calor em mais de uma década. De janeiro até a última 3ª feira, foram identificados mais de 1,3 mil incêndios na região, de acordo com dados do INPE. A destruição do Cerrado paulista preocupa mais porque, diferentemente do resto do bioma no interior do Brasil, algumas espécies de fauna e flora do bioma existem apenas em São Paulo.
Em tempo: O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da UFRJ retificou dados que indicavam que a área queimada no Pantanal desde 1º de janeiro até 21 de agosto deste ano equivalia ao total devastado no mesmo período no ano passado. Em nota à imprensa, o LASA explicou que houve uma falha no sistema de acesso aos dados de satélite da NASA. De acordo com os números revisados, o fogo já causou a destruição de 261.800 mil hectares em 2021, acima da média histórica (248,5 mil), mas abaixo dos 1,3 milhão queimados nesse período em 2020. A notícia é da Folha.
ClimaInfo, 26 de agosto de 2021.
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