Governo britânico começa a vacinar representantes de países em desenvolvimento para a COP26

COP26 Rainha Elisabeth II

Enquanto a sociedade civil cobra mais garantias e apoio à participação presencial de seus representantes na próxima Conferência da ONU sobre o Clima (COP26), o governo do Reino Unido inicia nesta semana uma campanha internacional de vacinação com foco em negociadores e observadores de nações em desenvolvimento. O objetivo é facilitar o acesso à vacina para representantes desses países, que sofrem com a distribuição desigual de imunizantes mundo afora. Por ora, os britânicos não detalharam como a vacinação acontecerá nem quantas doses serão aplicadas e em quais países. A notícia é do site POLITICO.

Ainda sobre a COP26, o Palácio de Buckingham confirmou na 6ª feira (27/8) que a rainha Elizabeth II participará presencialmente da Conferência de Glasgow. Detalhes da programação da monarca no encontro não foram divulgados. Se isso se confirmar, será a primeira vez que Elizabeth II participa de uma conferência climática. Associated Press, BBC, Independent e Reuters repercutiram a notícia.

Enquanto os britânicos se organizam para realizar a COP, o enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, segue em seu périplo de reforço da articulação política com outros países em torno de objetivos climáticos mais ambiciosos antes da Conferência de Glasgow. De acordo com o Wall Street Journal, a visita de Kerry à China nesta semana terá como pauta um pedido para que as autoridades chinesas declarem uma moratória no financiamento de projetos internacionais de carvão.

Pequim não anunciou financiamentos desse tipo em 2021, mas ainda não existe qualquer restrição a essa possibilidade dentro da iniciativa de infraestrutura internacional Belt & Road. Os chineses, por outro lado, seguem reticentes quanto à possibilidade de novos compromissos climáticos, ressaltando a importância de os países cumprirem aquilo que já foi prometido. The Hill também abordou esse tópico.

Em tempo: O Catar, maior emissor de carbono per capita no mundo, quer empurrar a lorota de que o gás natural é um “combustível limpo”. Segundo o Climate Home, o governo do país apontou em sua nova NDC que seus esforços para “promover o desenvolvimento sustentável por meio da exportação de gás natural e seus derivados” colocam o país como um “pioneiro” na luta contra a crise climática. A queima de gás produz menos CO2 do que a de carvão, mas as emissões do processo de produção desse combustível às vezes podem anular qualquer benefício dele.

 

ClimaInfo, 30 de agosto de 2021.

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