O Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos EUA anunciou nesta 2ª feira (30/8) a criação de um novo escritório para lidar com os efeitos da mudança do clima na saúde pública norte-americana. De acordo com o HHS, a missão de seu Escritório de Mudança Climática e Equidade na Saúde será “proteger as comunidades vulneráveis que suportam desproporcionalmente o peso da poluição e dos desastres climáticos, como secas e incêndios florestais, às custas da saúde pública”.
O novo escritório nasce em um momento particularmente dramático nos EUA: há meses, uma forte onda de calor vem causando recordes de temperatura alta e alimentando incêndios florestais de grande porte no oeste do país. Ao mesmo tempo, a costa leste e a região do Golfo do México sofrem com mais uma temporada de tempestades tropicais acima da média histórica. Chuvas mais fortes também têm causado danos consideráveis em diversos pontos do país, como as enchentes-relâmpago que atingiram o estado do Tennessee na semana retrasada. NY Times, Reuters e Wall Street Journal destacaram a criação do novo escritório de clima e saúde dos EUA.
Mas nem tudo é clima: o NY Times abordou como uma série de decisões erradas e omissões por parte do poder público nos EUA ampliou o prejuízo humano e material causado pelo desastre climático no Tennessee. O ponto central é que boa parte dos EUA, a economia mais rica e desenvolvida do mundo, ainda não está preparada para lidar com a intensificação de eventos climáticos extremos e precisa avançar o quanto antes em uma agenda de adaptação.
Em tempo: O incêndio de Caldor, no norte da Califórnia, se aproxima perigosamente de áreas mais densamente povoadas, o que levou as autoridades locais a ordenar a evacuação de milhares de pessoas na região do Lago Tahoe. Por ora, o fogo consumiu mais de 71 mil hectares e destruiu mais de 650 construções, entre elas a cidade inteira de Grizzly Flats. Associated Press, Bloomberg e Reuters deram mais informações.
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ClimaInfo, 31 de agosto de 2021.
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