Seguradoras elevam preços em função dos riscos climáticos

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O setor de seguros vive com um pé no presente e outro no futuro, precificando os mais diversos riscos. Em tempos de mudança climática, o intervalo de tempo entre o agora e o amanhã é cada vez menor. Segundo a Reuters, uma das maiores seguradoras do mundo, a Lloyds, fechou o semestre com um lucro de 1,4 bilhão de libras, um alívio depois das perdas com a pandemia no ano passado. Mas, talvez, a conta do furacão Ida faça a empresa fechar o ano no vermelho novamente. Assim, os prêmios da Lloyds aumentaram em quase 10% em média.

A resseguradora Swiss Re também aumentou seus prêmios em 10%. Moses Ojeisekhoba, CEO da empresa, explicou à Reuters que “há um reconhecimento claro de que a frequência e a gravidade relativas às indenizações estão aumentando, como demonstrado pelas recentes catástrofes naturais”.

Por falar no Ida, o número de mortos na Louisiana subiu de 15 para 26. Das onze adicionais, nove foram provocadas pelo calor. A notícia é da Reuters.

A lista de desastres em todo mundo inclui incêndios florestais no sul da Espanha, ameaça de grandes enchentes no Vietnã e o aviso do governador da província russa de Yakutia de que os incêndios florestais no ano que vem devem ser piores do que os enormes registrados neste verão. E Daisy Dunne, no The Independent, relata os eventos extremos que atingiram a África este ano que dificilmente atraem a atenção da mídia internacional. “Nos últimos meses houve incêndios mortais na Argélia, enchentes devastadoras em países como Uganda e Nigéria e seca severa no sul de Madagascar, provocando fome generalizada no país.”

 

ClimaInfo, 10 de setembro de 2021.

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