Pauta climática ganha espaço no debate eleitoral na Europa, mas ainda sem garantia de vitória

13 de setembro de 2021

A temporada de eleições nacionais na Europa começou neste domingo com o pleito na Noruega. A questão climática foi um dos destaques da campanha eleitoral norueguesa: o governo de centro-direita liderado por Erna Solberg, que comanda o país há oito anos, vem sendo criticado pela timidez de suas metas e ações climáticas, ao mesmo tempo em que mantém um apoio substancial do poder público ao setor petroleiro.

A oposição, liderada pelo trabalhista Jonas Gahr Store, aproveitou estas críticas na campanha e prometeu mais ambição climática. Por outro lado, Store rejeita propostas mais radicais, como o fim da produção de combustíveis fósseis, defendida pelo Partido Verde – que, aliás, pode ser o kingmaker nas eleições deste ano, com apoio cobiçado entre os partidos de esquerda. AFP, Financial Times, POLITICO, Reuters e Time repercutiram o impacto da questão climática na campanha eleitoral na Noruega.

Outro país europeu em reta final de disputa eleitoral é a Alemanha, que vai às urnas no dia 26 para decidir quem sucederá Angela Merkel no comando do país. O clima está entre os assuntos mais importantes do noticiário eleitoral alemão desde as enchentes históricas que destruíram o oeste do país em julho passado.

Um dos efeitos disso foi uma queda acentuada das pretensões de voto da coalizão governista de centro-direita de Merkel, liderada nesta eleição pelo ministro Armin Laschet. Quem se beneficiou com esse movimento foi o candidato social-democrata Olaf Scholz, que também é ministro de Merkel no atual governo. Já os Verdes, que chegaram a despontar na liderança das pesquisas no 1º semestre, se consolidaram como terceira força política; se isso se confirmar nas urnas, o partido será fundamental na montagem do futuro governo, seja ele liderado pelos trabalhistas ou pela Democracia Cristã.

A Associated Press fez um panorama da situação eleitoral na Alemanha. Já o Clean Energy Wire abordou o legado climático de Merkel, a primeira-ministra mais longeva da história do país. Ao mesmo tempo em que ela colocou a Alemanha na dianteira da ação climática na Europa, seu governo não foi capaz de oferecer uma saída rápida para o uso de carvão para geração elétrica.

 

ClimaInfo, 13 de setembro de 2021.

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