União Europeia promete mais 4 bilhões de euros para financiamento climático aos países pobres

subsídios climáticos

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta 4ª feira (15/9) que a União Europeia destinará quatro bilhões de euros adicionais em financiamento para os países em desenvolvimento mais vulneráveis à crise climática. “Embora cada país tenha uma responsabilidade, as principais economias têm um dever especial com os países menos desenvolvidos e mais vulneráveis. O financiamento do clima é essencial para eles, tanto para mitigação quanto para adaptação”, afirmou von der Leyen.

O anúncio foi feito em um momento-chave: faltando menos de dois meses para a COP26, as nações em desenvolvimento seguem se queixando sobre a falta de iniciativa dos governos ricos em fechar a lacuna do financiamento climático internacional. A estimativa é que os compromissos financeiros atuais resultem em um fluxo anual de US$ 80 bilhões para ações de mitigação e adaptação climática, cifra US$ 20 bilhões inferior à meta assumida pelos países ricos em 2009 para ser atingida a partir de 2020.

Com o anúncio, o compromisso da UE para o financiamento climático aos países pobres chegará a quase US$ 30 bilhões. A chefe da Comissão Europeia aproveitou o anúncio para cobrar outros países ricos: “Esperamos que os Estados Unidos e nossos parceiros também dêem um passo à frente. Fechar a lacuna do financiamento climático juntos – os EUA e a UE – seria um forte sinal para a liderança climática global”.

Climate Home, Euractiv e Reuters deram mais informações.

Em tempo: Na Reuters, David Stanway e Muyu Xu alertaram para o risco de que uma postura intransigente da China quanto a não assumir novas metas de redução de emissões sob o Acordo de Paris possa contaminar as negociações durante a COP26. A questão voltou à baila na semana passada, durante visita do enviado especial dos EUA, John Kerry, a Pequim: mesmo com pedidos do norte-americano para que o país apresentasse compromissos adicionais de mitigação nesta década, o governo de Xi Jinping mostrou-se irredutível e rejeitou a possibilidade. O UOL publicou uma tradução da matéria.

 

ClimaInfo, 16 de setembro de 2021.

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