Cobertura mínima de gelo no Ártico foi um pouco maior do que em 2020

Ártico cobertura de gelo 2020

Segundo a NASA, este ano a área de gelo no Ártico atingiu seu ponto mínimo no último dia 16 e essa área mínima está 25% maior do que a do ano passado. Mesmo assim, olhando para o histórico existente de 42 anos, ela ficou em 12o lugar e pelo menos 25% abaixo da média da área entre 1981 e 2010. O New York Times e o Daily Mail repercutiram.

A área mínima de gelo marítimo ao redor da vizinha Groenlândia, por sua vez, bateu o recorde histórico. E não precisou esperar até a semana passada. No meio de agosto ela já tinha batido o recorde. Vale ver a animação no twitter de Scott Duncan.

Como se para cravar a origem destes recordes e tendências, a Bloomberg conta que a exploração de óleo de gás no mesmo Ártico está aumentando. A russa Gazprom, a americana ConocoPhillips e a francesa Total estão expandindo suas operações na região e preveem um aumento de 20% na produção nos próximos 5 anos.
Ontem, a agência europeia Copernicus, que monitora o que acontece no planeta, publicou seu relatório sobre o estado dos oceanos no Journal of Operational Oceanography. Assim como a atmosfera, os oceanos também estão esquentando. Só as águas no Ártico contribuem com 4% do aquecimento de todos os oceanos. Ainda nas águas do Norte, a pesca de linguado, lagosta europeia, robalo, salmonete e caranguejos tem diminuído. Mais ao sul, o Mediterrâneo está subindo. Vale ver outros dados na EcoDebate, junto com conversas com os autores do trabalho.

 

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ClimaInfo, 24 de setembro de 2021.

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