Todo dia aparecem novos compromissos de empresas para enfrentar a mudança climática. Muitas embarcam na corrente do net zero, de atingir a neutralidade climática em algum ponto do futuro. Menos de ⅕ delas estão alinhadas à necessidade de conter o aquecimento global em 1,5°C. A Science Based Targets Initiative (SBTi) acompanha essas promessas a partir de declarações por elas feitas ao CDP (ex-Carbon Disclosure Project) e desenvolveu um conjunto de ferramentas para guiá-las no processo de definir e cumprir metas que estejam alinhadas com o melhor da ciência climática. A Business Green comentou o trabalho.
Em seu relatório anual, o Carbon Tracker também alerta que as maiores corporações do mundo não incorporam os riscos climáticos em seus balanços e relatórios para investidores. O nome do relatório se refere à situação dos investidores: “Voo cego – a ausência ofuscante dos riscos climáticos nos relatório financeiros”. O trabalho mostra que 70% das 107 grandes corporações investigadas, mesmo aquelas que fizeram juras de net zero, falham ao descrever os riscos climáticos para seus negócios na hora de publicar seus resultados financeiros e que 80% das auditorias responsáveis por sua revisão também não se preocuparam em examinar os riscos climáticos. A BBC, a Reuters e o Financial Times comentaram.
Ainda sobre o mundo corporativo, outra iniciativa, desta vez do mundo financeiro, o Grupo de Investidores Institucionais sobre Mudanças Climáticas (IIGCC), alertou que dezenas de empresas globais estão “altamente expostas aos riscos climáticos”. Dentre elas, estão Nestlé, Delta Air Lines, Swatch, Logitech, Campbell Soup e Nissin Foods. O grupo pede que elas façam mais para enfrentar a mudança do clima. A Forbes brasileira comentou o trabalho.
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ClimaInfo, 24 de setembro de 2021.
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