Boris Johnson pede mais ação dos países antes da COP26

24 de setembro de 2021

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, voltou a pedir mais ambição dos países nos esforços contra a crise climática. “Devemos mostrar que somos capazes de aprender e amadurecer e, finalmente, assumir a responsabilidade pela destruição que estamos infligindo, não apenas ao nosso planeta, mas a nós mesmos”, disse Johnson na Assembleia Geral da ONU nesta 5ª feira (23/9).

Em um discurso que citou desde o filósofo grego Sófocles ao muppet Caco, o Sapo, Johnson saudou os compromissos recentes dos EUA e da China para, respectivamente, aumentar o financiamento climático e abandonar projetos de geração termelétrica a carvão no exterior. O anfitrião da próxima Conferência do Clima (COP26) também observou que, faltando 40 dias para o encontro, os países precisam demonstrar mais vontade para que as conversas em Glasgow sejam bem sucedidas. “Devemos ir mais longe e devemos ir muito mais rápido. Precisamos de todos os países, cada um de vocês para dar um passo à frente”.

Agência Brasil, BBC, CNN, Guardian, Reuters e Washington Post, entre outros, destacaram a fala de Johnson. O Guardian também fez um balanço da viagem do premiê britânico: ainda que os resultados práticos tenham sido muito limitados, ele não retornará ao Reino Unido “energizado” para impulsionar as negociações climáticas em novembro.

Enquanto isso, a incerteza é a sensação mais forte nas conversas sobre a COP26. Na RFI, Lúcia Müzell ressaltou as dúvidas da sociedade civil do Sul Global com as condições sanitárias para a realização da Conferência. Vacinas, quarentena e custos de hospedagem seguem restringindo tremendamente a participação desses grupos nas negociações.

Segundo o Financial Times, Londres confirmou que representantes governamentais dos países da “lista vermelha” da pandemia não precisarão mais cumprir a quarentena de cinco dias. Por ora, o resto dos delegados, representantes da sociedade civil e jornalistas ainda estão obrigados a se isolar antes de circular em Glasgow.

Mas a COP26 também enfrenta desafios políticos significativos. “Acumulam-se focos potenciais de tensão dentro da agenda de negociação, como a regulamentação de um sistema internacional de comércio de créditos de carbono e o cumprimento da promessa de US$ 100 bilhões anuais para financiamento climático nos países pobres, e fora dela, como a disputa geopolítica entre Estados Unidos e China e a frustração das nações em desenvolvimento com a distribuição desigual das vacinas contra a Covid”, escreveu Bruno Toledo na Página22.

 

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ClimaInfo, 24 de setembro de 2021.

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