Clima domina debate na reta final das eleições na Alemanha

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Os alemães irão às urnas neste domingo (26/9) para eleger seu novo Parlamento e, por tabela, decidir quem sucederá Angela Merkel no comando do país. A disputa segue acirrada com três grupos políticos na dianteira das pesquisas: a Social Democracia (SPD), hoje aliada de Merkel mas que tenta a primeira vitória eleitoral nacional em quase duas décadas; a governista Democracia Cristã, que bate cabeça para pensar em um futuro sem Merkel; e o Partido Verde, que busca seu melhor resultado eleitoral da história. Nesse contexto, a crise climática despontou como uma das principais questões no debate eleitoral, com os três partidos se desdobrando para mostrar mais ambição, em sintonia com a vontade majoritária do eleitorado alemão.

A Deutsche Welle sintetizou as principais bandeiras climáticas dos partidos na corrida eleitoral alemã e mostrou um estudo que concluiu que, a despeito de terem diferenças notáveis em suas plataformas climáticas, nenhum partido conseguiu oferecer um “mapa do caminho” claro para cumprir as metas climáticas do país para 2030. Isso tem frustrado em especial o eleitorado mais jovem, mais preocupado com a crise climática e seus efeitos para as gerações futuras. O Financial Times destacou essa frustração jovem com as propostas dos candidatos.

Tal como a Alemanha, a Islândia também vive a reta final da campanha eleitoral antes da votação do sábado (25/9). Segundo a Associated Press, a questão climática também ganhou espaço de destaque nas discussões, ainda que os diferentes partidos ofereçam caminhos distintos para enfrentá-la. O atual governo, de centro-esquerda, defende aumentar a meta de mitigação do país sob o Acordo de Paris e alcançar a neutralidade das emissões de carbono até 2040. Já os partidos de centro-direita, principais adversários da atual primeira-ministra Katrin Jakobsdottir, são mais reticentes e querem manter indústrias de uso intensivo de energia no país, sob a justificativa de que a energia consumida por elas é renovável e não fóssil.

 

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ClimaInfo, 24 de setembro de 2021.

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