Estudo: novas gerações sofrerão mais com eventos climáticos extremos

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Uma pesquisa internacional estimou os impactos agregados da mudança do clima que as futuras gerações de seres humanos poderão enfrentar ao longo de sua vida. O resultado é preocupante: uma criança nascida em 2021 experimentará entre duas a três vezes mais secas, quase três vezes mais inundações, o dobro de incêndios florestais e sete vezes mais ondas de calor em comparação com um adulto atual de 60 anos de idade.

“Nossos resultados destacam uma grave ameaça à segurança das gerações jovens e pedem reduções drásticas de emissões para se salvaguardar seu futuro”, disse Wim Thiery, da Vrije Universiteit (Bélgica), um dos autores. “Temos até fortes razões para pensar que nossos cálculos subestimam os aumentos reais que os jovens enfrentarão.” Em relação a secas, ondas de calor, inundações de rios e quebras de safra, hoje as pessoas com menos de 40 anos viverão o que os pesquisadores chamam de “uma vida sem precedentes”.

As ameaças mais perigosas da mudança do clima, por outro lado, podem ser evitadas em um cenário no qual o aquecimento médio do planeta esteja dentro do limite de 1,5oC em relação aos níveis pré-industriais, conforme definido pelo Acordo de Paris, impulsionado pelo fim da queima de combustíveis fósseis. Nessas condições, a exposição potencial das gerações mais novas a eventos extremos pode diminuir em 24% na média global. Em certas regiões mais vulneráveis do planeta, como o Norte da África e o Oriente Médio, a exposição pode diminuir em 39%.

Valor, Guardian e Washington Post repercutiram o estudo.

 

ClimaInfo, 28 de setembro de 2021.

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