Investidores cobram metas climáticas baseadas na ciência de grandes empresas

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Uma coalizão de 220 instituições financeiras globais, com ativos que somam mais de US$ 29 trilhões, apresentaram nesta semana uma convocatória às empresas de maior impacto climático do mundo para estabelecer metas de redução de emissões com base científica, alinhadas ao limite de aquecimento de 1,5°C neste século com relação aos níveis pré-industriais. O grupo inclui alguns dos maiores investidores e acionistas do mundo, como Allianz, Amundi, Cathay Financial Holding, Credit Agricole, entre outros.

Escrito pela iniciativa Science Based Targets (SBTi), do CDP, o  comunicado foi encaminhado para mais de 1,6 mil empresas em todo o mundo, como Tata Steel, Lufthansa, Samsung, Hyundai e BASF.

“Quando tantos investidores e acionistas estão dizendo coletivamente a mesma coisa, as empresas devem agir ou correr o risco de ver seu custo de capital aumentar”, explicou Laurent Babikian, da CDP. “Não ter metas baseadas na ciência levanta uma bandeira vermelha de que elas [empresas] estão falhando em gerenciar seus riscos climáticos”. Bloomberg e Reuters destacaram essa notícia.

Em tempo: Um levantamento da seguradora francesa AXA mostrou que, entre as principais empresas do setor de seguros e resseguros, a mudança do clima desbancou a pandemia entre os principais riscos da indústria para os próximos anos. No ano passado, a COVID-19 despontou como a principal preocupação das seguradoras, mas a retomada (ainda que gradual) da economia nos principais mercados deu espaço para que o clima voltasse à lista de prioridades. A notícia é da Bloomberg.

 

ClimaInfo, 1º de outubro de 2021.

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