Face ao aumento da demanda por petróleo, a OPEP+ (a tradicional acrescida do grupo de produtores liderados pela Rússia) se reuniu e anunciou que a produção seguirá aumentando gradativamente. Resultado: o preço de referência, o Brent, passou dos US$ 80 o barril e o de petróleo cru nos EUA a um patamar não visto nos últimos 7 anos. O representante russo justificou dizendo que a demanda costuma cair no final do ano e, na sua visão, oferta e demanda estão equilibradas. Outro presente à reunião disse que há o risco de uma quarta onda da pandemia e uma nova queda na atividade econômica e na demanda por petróleo.
O anúncio foi destaque na Reuters, Financial Times, Wall Street Journal e no site Oil Price. Julia Fanzeres, na Bloomberg, comentou o anúncio no domingo. Liam Denning, também na Bloomberg, analisa o humor dos produtores americanos, ainda ressabiados com os preços negativos de um ano e meio atrás e, ainda na Bloomberg, outra análise sustenta que a OPEP voltou a controlar o preço do barril, desbancando o produtores americanos do fracking.
A Reuters traz uma matéria dizendo que a esperança de que a pandemia acelerasse a transição para matrizes elétricas mais limpas está se desvanecendo. A retomada da economia global aumentou a demanda por combustíveis fósseis e a produção de petróleo e gás ainda está se recuperando da COVID e do último furacão. Resultado: preços recordes e uma tendência de permanecerem assim por mais tempo.
ClimaInfo, 5 de outubro de 2021.
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