Cientistas pedem medidas urgentes de bem estar em face à crise climática

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A intensificação da crise climática, causada pelo crescimento das emissões antropogênicas de gases de efeito estufa, ameaça o bem-estar e a saúde da humanidade e representa o principal desafio para seu futuro na Terra. O alerta é de um grupo de cientistas e representantes da comunidade médica e de saúde pública, que divulgou na revista The Lancet um manifesto em prol da saúde planetária.

“A deterioração contínua dos sistemas naturais de nosso planeta é um perigo claro e presente para a saúde de todas as pessoas em todos os lugares. Uma transição justa e global da forma como vivemos é necessária para otimizar a saúde e o bem-estar das pessoas e do mundo vivo no qual estamos inseridos”, diz a Declaração de São Paulo sobre Saúde Planetária. “A ciência é clara: não podemos mais proteger a saúde humana a menos que mudemos nosso curso”.

A declaração é fruto de um encontro internacional de representantes do setor realizado em São Paulo neste ano. Além de instituições de pesquisa científica, o documento também é assinado por centenas de organizações da sociedade civil, intelectuais de diferentes áreas, além de artistas e personalidades. O texto traz recomendações e sugestões de ação para diversos setores para articular uma resposta global à crise climática e garantir a proteção do meio ambiente como condição para sustentar o bem-estar e a vida dos seres humanos na Terra.

Folha e G1 destacaram essa notícia.

Em tempo: Um novo estudo de pesquisadores norte-americanos, publicado nesta semana na revista PNAS, concluiu que a exposição a níveis mortais de calor nas cidades triplicou desde os anos 1980 e afeta atualmente quase ¼ da humanidade. A análise utilizou imagens de satélite infravermelho e leituras máximas diárias de calor de mais de 13 mil cidades entre 1983 e 2016 para descobrir o número de pessoas expostas a dias com temperatura acima dos 30oC em cada ano. Em 1983, esse número era de 40 bilhões de pessoas-dia (população cumulativa exposta ao calor em um determinado ano para um lugar específico); em 2016, esse dado saltou para 119 bilhões. Bloomberg, Guardian e The Hill deram mais detalhes.

 

ClimaInfo, 7 de outubro de 2021.

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