Impacto econômico da crise hídrica não está sendo coberto pelas tarifas mais altas

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As distribuidoras de eletricidade avisaram a ANEEL que as tarifas mais altas não estão cobrindo o custo da eletricidade que compram pelo atual peso das térmicas na matriz de geração. Segundo a Folha e o Valor, a ANEEL descarta, por enquanto, mais aumentos na conta, embora esteja autorizando reajustes no preço da eletricidade gerada pelas térmicas.

Cerca de 12 milhões de famílias recebem um desconto na conta de luz por serem beneficiárias da Tarifa Social de Energia Elétrica, que custa R$ 3,6 bilhões por ano, pago pelo conjunto dos demais consumidores. Uma matéria do g1 informa que a ANEEL estima que há mais de 11 milhões de famílias que cumprem os requisitos, mas que não recebem o benefício. Uma mudança no regulamento pode incluí-las a partir do ano que vem.

Bastou chover um pouco no Sudeste nos últimos dias para o Operador Nacional do Sistema dizer que um racionamento neste ano está descartado. A notícia saiu na CNN e no Valor. Em setembro, mais empresas se interessaram pelos ganhos oferecidos pelo governo para reduzir seu consumo ou deslocá-lo para fora do horário de ponta do sistema. Interessante é que, nesses últimos meses, o ONS, o ministro e outras autoridades juraram que não havia risco de racionamento. Assim, o anúncio de ontem só surpreendeu quem não acreditou nos anúncios anteriores.

 

ClimaInfo, 14 de outubro de 2021.

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