Assassinatos de indígenas atinge maior número em 25 anos no Brasil

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Um levantamento feito pelo Conselho Missionário Indigenista (CIMI) identificou a ocorrência de 182 assassinatos de indígenas no Brasil no ano passado – o maior número em 25 anos. Na comparação com 2019 (113 assassinatos), o aumento foi de expressivos 61%. Mais da metade das mortes violentas aconteceu na Amazônia, com os estados de Roraima (66) e Amazonas (41) liderando a lista de mortes violentas de indígenas no Brasil.

“O segundo ano do governo de Jair Bolsonaro representou, para os Povos Originários, a continuidade e o aprofundamento de um cenário extremamente preocupante em relação aos seus direitos, territórios e vidas, particularmente afetadas pela pandemia da COVID-19 – e pela omissão do governo federal em estabelecer um plano coordenado de proteção às comunidades indígenas”, observou o relatório.

Em 2020, foram registrados 263 casos de invasões possessórias, exploração ilegal de recursos e danos ao patrimônio, um aumento de 137% na comparação com 2018 (111 casos), último ano antes da chegada de Bolsonaro ao poder. Este foi o 5º aumento consecutivo registrado em casos desse tipo, que em 2020 atingiram pelo menos 201 Terras Indígenas, de 145 Povos, em 19 estados.

A Pública, g1 e O Globo repercutiram esses números do CIMI.

Em tempo: Dois indígenas da comunidade isolada Moxihatëtëma, na Terra Indígena Yanomami, foram assassinados durante conflito com garimpeiros. A informação foi confirmada pela Hutukara Associação Yanomami. As mortes teriam acontecido na região do alto rio Apiaú, no sul de Roraima. De acordo com a entidade, os indígenas foram mortos após se aproximarem de um garimpo com a intenção de expulsar os criminosos. Os dois indígenas acabaram mortos por tiros de arma de fogo. Correio Braziliense, g1 e Metrópoles deram a notícia.

 

ClimaInfo, 4 de novembro de 2021.

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