20 países param de financiar fósseis

4 de novembro de 2021

Depois dos acordos para cessar desmatamento e o uso de carvão e para reduzir as emissões de metano, ontem, um grupo de 20 países se comprometeram a não mais financiar projetos internacionais de carvão, petróleo e gás natural com recursos públicos a partir de 2023. Estima-se que os cerca de US$ 18 bilhões programados para os fósseis passarão a ser investidos em fontes limpas. O Brasil não aderiu, como já não tinha assinado o acordo para abandonar o carvão. Segundo o Um Só Planeta, assinaram os EUA, Canadá, Dinamarca, Itália, Finlândia e Costa Rica, dentre outros. O Price of Oil escreve que esse é um primeiro e importante passo na direção apontada pela Agência Internacional de Energia (IEA) que, para limitar o aquecimento global em 1,5oC, novos investimentos no setor fóssil precisam parar este ano. Não há menção sobre os subsídios ao setor, que, segundo o Guardian, o FMI estima terem sido de quase US$ 6 trilhões no ano passado.

Al Gore disse que existe uma bolha de trilhões de dólares análoga à das hipotecas que provocaram a crise econômica em 2008. Desta vez, serão os mais de US$20 trilhões em reservas de carvão, petróleo e gás que perderão o valor frente à penetração das fontes limpas. A Bloomberg comenta que Gore havia feito uma previsão parecida há 10 anos. A diferença agora é que o clima global mudou. O Guardian também comentou os ativos fósseis encalhados.

 

ClimaInfo, 5 de novembro de 2021.

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