Greenwashing na COP26 não apaga realidade doméstica da política ambiental de Bolsonaro

8 de novembro de 2021

Enquanto tenta vender uma imagem “verde” do Brasil na COP26, o governo Bolsonaro segue fazendo aquilo que fez desde seu primeiro dia – enfraquecer a estrutura de fiscalização ambiental. No Estadão, André Borges cruzou dados do PRODES/INPE com as multas ambientais aplicadas pelo IBAMA entre janeiro de 2019 e setembro de 2021. A conclusão é desconcertante, ainda que não seja inesperada: o ritmo de autuações caiu de maneira expressiva sob Bolsonaro. Em 2019 e 2020, dois primeiros anos da atual gestão, o IBAMA registrou 12.375 e 11.064 multas, respectivamente. Nos primeiros nove meses de 2021, foram emitidas 9.182 multas. Para comparação, nos anos 2000 e 2010, a média anual de autuações variou entre 20 mil e 25 mil, muito acima dos números recentes.

Ao mesmo tempo, o volume de demissões, afastamentos e cassação de aposentadorias de servidores da área ambiental cresceu no governo Bolsonaro. Em 2020, IBAMA e ICMBio somaram 41 casos nessa situação, mais do que os 40 registrados nos três anos anteriores. O número de processos administrativos disciplinares (PADs) também subiu: até setembro, o IBAMA somava 123 PADs ativos, o maior índice dos últimos 20 anos.

 

ClimaInfo, 9 de novembro de 2021.

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