Daniela Chiaretti fez no Valor uma análise interessante e dura dos resultados da COP26. Selecionamos os principais pontos levantados pela experiente jornalista:
– A gigantesca reunião promovida pela ONU “fechou um ciclo da negociação internacional climática”, por ter dado forma ao Acordo de Paris.
– Finalmente resolveram-se questões como a dos mercados de carbono, dos mecanismos de transparência e da periodicidade com que todos devem apresentar seus novos esforços e resultados.
– Chiaretti aposta na emergência em futuro próximo da agenda de adaptação aos impactos climáticos, impulsionada pela ira das ruas, dos países africanos e dos pequenos países-ilha.
– O apelo por Justiça Climática foi apenas parcialmente atendido em Glasgow, dado o não aumento das metas para o financiamento climático e do fornecimento de apoio adequado para perdas e danos.
– Sinalizou-se o declínio da era do carvão e fez-se um aceno ao petróleo e ao gás como novos alvos.
– Natureza e clima foram relacionados e as florestas foram conectadas aos mercados de carbono.
– É preciso esperar pelo resultado concreto das alianças pelas florestas e pelo corte das emissões de metano. Para Daniela, “é preciso aguardar para ver quais empresas transformarão seus compromissos em menos marketing e mais atitudes inquestionáveis para proteger o clima.”
– Não se avançou em um mecanismo acessível e com dinheiro para a sobrevivência dos mais vulneráveis aos desastres climáticos que já vivem: “Continuam apenas com uma plataforma digital e ganharam mais um grupo de trabalho, o que é ridículo diante da força do mar invadindo suas casas e ruas.”
ClimaInfo, 17 de novembro de 2021.
Clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.
