Montadoras insistem em adiar regras antipoluição mais rígidas para  a produção de veículos no Brasil

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A Europa adota, já há anos, um padrão para as emissões dos carros movidos a combustíveis fósseis que é duas gerações mais avançado que o aceito no mercado brasileiro. Também há anos o governo promete implantar um padrão para ficar “apenas” uma geração atrás do padrão europeu. Ou seja, nossos carros, caminhões e ônibus poderiam poluir menos do que hoje, mas continuariam a poluir mais do que os dos europeus.

Só que o setor automotivo sempre consegue adiar a implantação deste padrão intermediário. Isto era para acontecer no ano passado, mas a pandemia foi usada como desculpa. Era para acontecer este ano, e, segundo a BBC, a Renault foi a Brasília pedir para adiar outra vez, alegando que a pandemia derrubou as vendas e, portanto, sua capacidade de investimento. Os ministérios da economia e do meio ambiente foram questionados, mas não responderam ao jornalista.

Para aumentar ainda mais a distância da nossa indústria à dos países desenvolvidos, o Reino Unido acaba de aprovar uma lei dizendo que casas novas terão que vir equipadas com carregador veicular. Prédios novos também terão que instalar carregadores para atender os moradores. O reino proibiu a venda de carros novos a combustão a partir de 2030 e de híbridos a partir de 2035. Para isso funcionar, estimam ser necessários 145 mil pontos de recarga além dos 25 mil já existentes. A notícia saiu no UOL e no Inside EVs.

 

ClimaInfo, 26 de novembro de 2021.

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