Arte e história sob risco: o desafio dos museus em tempos de crise climática

Smithsonian Museum

O Museu Nacional de História Americana, parte do complexo de museus administrados pelo Instituto Smithsonian nos EUA, está enfrentando um inimigo novo em seu esforço para preservar a história e a cultura norte-americana: a crise climática. O NY Times destacou o trabalho intenso da instituição para manter a segurança de seus quase dois milhões de artefatos  contra a intensificação de eventos como enchentes e o avanço do nível do mar.

A maior parte deste acervo está armazenada na capital norte-americana, Washington, em um conjunto de edifícios ao longo do rio Potomac. No entanto, a perspectiva de um aumento do nível do mar nas próximas décadas pode fazer com que o rio avance sobre território antes ocupado por pântanos, onde hoje estão os prédios. Em alguns casos, o problema não é mais hipotético nem futuro: a água brota do chão no subsolo do Museu de História.

A água ainda não atingiu o acervo, mas é uma questão de tempo para que este problema se torne ainda mais grave. Aí é que mora o perigo: quanto tempo? E quanto dinheiro será necessário para salvar peças únicas da história e da cultura dos EUA.

E por falar em inundações, o Wall Street Journal abordou os temores de engenheiros da Bélgica e dos Países Baixos pela pressão cada vez maior do avanço do nível do mar sobre os diques que mantém seco boa parte do território destes países. As estruturas atuais já apresentam problemas, que se tornaram mais nítidos no último verão durante as tempestades históricas que atingiram a Europa Ocidental. No entanto, ao invés de construir novos diques ou paredes mais altas, estes especialistas estão buscando outros caminhos – inclusive alternativas naturais.

 

ClimaInfo, 29 de novembro de 2021.

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