Nissan anuncia investimento de mais de US$ 17 bi para acelerar transição para veículos elétricos

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A montadora japonesa Nissan anunciou um novo plano para impulsionar a eletrificação de seus novos modelos de automóveis nesta década. De acordo com a empresa, estão previstos investimentos de mais de US$ 17 bilhões (cerca de R$ 95 bilhões) nos próximos cinco anos. O objetivo é ampliar a oferta e as vendas de modelos desta tecnologia nos principais mercados globais.

Na Europa, a meta é que os elétricos representem mais de 75% das vendas de carros novos até 2030; na China e nos EUA, que pelo menos 40% de suas novas vendas sejam de modelos elétricos.

O esforço da Nissan tem como objetivo reposicionar a empresa no panorama global da indústria automobilística, cada vez mais preocupada com a eletrificação de sua produção. Nos últimos meses, montadoras como Volkswagen, GM e Ford anunciaram planos similares para turbinar a produção e a venda de carros elétricos nesta década e viabilizar o fim da produção de veículos com motores à combustão antes de 2050. AFP, Bloomberg, Guardian e Reuters deram mais detalhes.

Ainda sobre carros elétricos, a Reuters noticiou um acordo do grupo Stellantis (dona de marcas como Alfa Romeo, Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot) com a desenvolvedora de lítio Vulcan para fornecimento de lítio para fábricas de carros elétricos na Alemanha. Pelo acordo, a Vulcan fornecerá até 99 mil toneladas de hidróxido de lítio para a produção de baterias pela Stellantis a partir de 2026. O lítio produzido pela empresa alemã é feito por um método de extração direta que usa menos terra e água subterrânea, tornando-o mais sustentável do que métodos comuns, como os que usam minas a céu aberto.

Em tempo: Competição mais nobre do automobilismo internacional, a Fórmula 1 vem tentando reverter sua imagem de bad guy do clima buscando se transformar em um laboratório de novas tecnologias limpas para a indústria automobilística. Essa é a promessa do diretor esportivo da F1, Ross Brawn, ao Guardian: “Temos um mantra: um fã de F1 deve se orgulhar de ser fã de F1. Não se trata apenas de empolgação na pista, mas de mostrar que a F1 pode fazer a diferença na sociedade. Todos nós sentimos isso genuinamente.” O impacto climático da F1 não é pequeno: de acordo com os donos da categoria, cada temporada é responsável pela liberação média de 256 mil toneladas de CO2 por ano. Em 2019, a F1 se comprometeu com o net-zero até o final desta década.

 

ClimaInfo, 30 de novembro de 2021.

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