Cidade na Nova Zelândia propõe “taxa climática” para financiar plano verde

Nova Zelândia taxa climática

As cidades estão sendo cada vez mais pressionadas a buscar maneiras de se adaptar aos efeitos da mudança do clima, especialmente à ocorrência de eventos extremos. Em muitos casos, isso exige a aplicação de recursos financeiros que nem sempre estão disponíveis, especialmente em países mais pobres. No entanto, mesmo cidades de nações desenvolvidas enfrentam dificuldades para financiar projetos de adaptação climática.

Um dos caminhos para driblar o problema é um velho conhecido da administração pública – o imposto, uma palavra maldita em muitos círculos. No entanto, o governo de Auckland, na Nova Zelândia, quebrou esse tabu: o prefeito da cidade, Phil Goff, anunciou nesta 4ª feira (1/12) a criação de uma tarifa municipal para financiar projetos climáticos.

Pela proposta, os proprietários de imóveis de valor médio pagarão 1,10 dólar neozelandês (R$ 4,25) por semana para ajudar no plantio de árvores, na construção de ciclovias e trilhas para caminhada e na descarbonização do transporte público local. A expectativa do governo de Auckland é arrecadar cerca de 574 milhões de dólares neozelandeses em 10 anos (cerca de R$ 2,2 bilhões), com outros 471 milhões obtidos por meio de cofinanciamento com o governo nacional e fontes privadas.

“A taxa de ação climática adiciona peso e significado à nossa declaração de emergência climática e garantirá financiamento direto e específico para cortar nossas emissões até 2032”, defendeu o prefeito. “Embora ninguém goste da ideia de pagar mais imposto, ouvimos claramente dos habitantes de Auckland que querem que façamos mais com relação às mudanças climáticas. Devemos ser capazes de dizer às gerações futuras que usamos todas as ferramentas possíveis para enfrentar a crise climática”.

Guardian e Independent deram mais detalhes. Vale a pena conferir também a síntese da proposta publicada pelo New Zealand Herald.

 

ClimaInfo, 2 de dezembro de 2021.

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