A prova de que o garimpo é responsável pelas águas turvas de Alter do Chão veio do espaço. Imagens de satélite de alta resolução foram analisadas pelo MapBiomas e a conclusão é que a explosão do garimpo no médio curso do rio paraense é muito provavelmente a causa da mudança da cor.
A nota técnica que o MapBiomas publicou ontem (24/1) também explica que, embora a cheia anual do rio Amazonas também contribua com a mudança de cor do Tapajós, uma vez que suas águas são ricas em sedimentos e naturalmente barrentas, elas não seriam suficientes para explicar as alterações vistas em Alter do Chão.
A equipe do MapBiomas destaca ainda que já dava para ver pelas imagens de satélite que a pluma de lama tomava o Tapajós em julho, mês da seca, quando não há influência do rio Amazonas.
A análise do MapBiomas foi repercutida por O Globo, (o)Eco, g1, Conexão Planeta, O Liberal e Pará Terra Boa.
Em tempo: A chapa esquentou para a ADM e a Bunge, duas das maiores traders de commodities agrícolas do mundo, e as maiores responsáveis pela movimentação da soja brasileira pelos mercados internacionais. O gestor de ativos norueguês Storebrands, que gere US$ 120 bilhões em ativos, criticou a lerdeza das duas em eliminar o risco de desmatamento de suas cadeias de suprimentos e as colocou em sua “lista de observação” – também conhecida como antessala do desinvestimento. O Financial Times traz os detalhes.
ClimaInfo, 25 de janeiro de 2022.
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