Ondas de calor simultâneas ficaram sete vezes mais comuns desde 1980

Janeiro mais quente
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Tem sido comum noticiar ondas de calor afetando mais de uma região do planeta ao mesmo tempo. No ano passado, ao mesmo tempo em que litoral sudoeste do Canadá via suas temperaturas superarem recorde atrás de recorde, na Grécia, na Turquia e no litoral leste do Mediterrâneo o calor provocou incêndios devastadores.

Um trabalho recém publicado no Journal of Climate traz os resultados de uma pesquisa sobre ondas de calor simultâneas nas 4 décadas do período que vai de 1979 a 2019. Os pares de ondas de calor passaram a cobrir uma área 17% maior, e atingindo uma intensidade máxima também 17% mais forte.

Duas indicações importantes da relação entre o aquecimento global e estas ondas de calor simultâneas: o evento é 6 vezes mais frequente no final do período em relação ao seu início do período; e as durações do fenômeno aumentaram quase 6 dias a cada década. A pesquisa cobriu apenas o Hemisfério Norte, em latitudes médias e altas e durante os meses mais quentes (maio a setembro). A Galileu comentou o trabalho.

Em tempo: Neste momento uma onda de calor assola a África do Sul. Na cidade do Cabo a temperatura passou de 45°C, pulverizando o recorde anterior de 42,4°C. Matéria do MetSul explica as características desta onda de calor e reproduz um mapa de calor do continente mostrando a intensidade da onda em latitudes tão baixas.

 

ClimaInfo, 25 de janeiro de 2022.

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