Áreas de preservação são chave para evitar deslizamentos e enchentes

deslizamentos de terra

A comunidade científica vem alertando que as cidades estão muito mal preparadas para enfrentar os efeitos dos eventos climáticos extremos. As recentes tragédias – na Bahia, em Minas Gerais e São Paulo – têm sido cada vez mais frequentes afetando as populações mais vulneráveis, as que vivem em áreas de risco.

Em artigo publicado no UOL ECOA, André Castro Santos argumenta que uma política de efetiva proteção e recomposição das APP (Áreas de Preservação Permanente) pode ser uma das mais efetivas políticas urbanas de reação à crise climática, tanto do ponto de vista da mitigação, quanto da adaptação.

As fortes chuvas que atingiram São Paulo, Minas Gerais e Bahia foram causadas por um fenômeno climático chamado Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

O g1 mostra porque é importante “desnaturalizar” o desastre natural e pensar em justiça climática. As recorrentes tragédias que ocorrem em áreas de risco poderiam ser minimizadas com investimento em políticas habitacionais. E quem mais sofre, há décadas, é a população de baixa renda – a qual vem sofrendo há décadas um processo de expulsão das zonas com maior zona de infraestrutura urbana instalada.

O TAB UOL esclarece sobre o “urbanismo de risco” que fez nascer vizinhanças nas beiras de encostas e rios, locais onde todo verão há perigo de enchente. Para fugir dos altos aluguéis, no caso de São Paulo, por exemplo, muitas regiões que hoje são “hiperperiferias” não são propícias ao assentamento humano, por terem vales estreitos e relevo acidentado. Por serem ricas em biomas e mananciais, deveriam ser área de preservação, de acordo com a reportagem.

E a frente fria que avança desde a última 5ª feira sobre o sul do país já levou chuva a algumas áreas de todos os estados da região. O Globo Rural informa que, consequentemente, essas chuvas irregulares poderão agravar as perdas das plantações de soja e do arroz, sobretudo no Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná, onde as condições são bastante preocupantes. O noroeste gaúcho teve aumento de até cinco graus na média da temperatura mais alta que havia sido registrada, registra o MetSul.

 

ClimaInfo, 7 de fevereiro de 2022.

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